17 maio, 2010

Dias, apenas sorria.

Ultimamente tenho me sentido estranho, não sinto tanto animo de fazer as coisas como sentia antes, não costumo mais nem escrever! Não me sinto com capacidade de fazer textos como os que eu costumava fazer, o que vem acontecendo comigo? São tantas mudanças, mudança de casa, mudança de família, mudança de escola, mudança de amigos, eu sou tão fraco com tais coisas, e com sinceridade, tenho que dar certo foco para os amigos, sempre foram minha maior fraqueza, a cada mudança de colégio, a cada mudança de turma, sempre sofri muito com isso durante toda a infância, mudei de colégio diversas vezes, e dentro dos colégios, mudei muito de turmas também, e o cotidiano foi mudando, as amizades, infelizmente, também, mas sem mais dramas, ainda tenho os mesmos amigos que tinha ano passado, mas tem que se levar em conta a distância, não tenho como ter a mesma convivência... Porque me sinto tão mal? eles vão estar lá me esperando, é apenas esse ano, logo passará, próximo ano estarei cursando a Universidade Federal de Pernambuco, com o tão sonhado curso de Jornalismo, ou estarei fazendo Psicologia na UPE? Que tipo de texto estou fazendo? não sou de fazer textos deste formato, neste estilo... Não sei como, nem quando, mas eu sinto as mudanças, eu sinto o tempo passar por mim, sinto os olhares ao meu redor, sinto aquilo que tentei evitar durante alguns anos, porque as coisas vão acontecendo dessa forma? Nada vai como planejei. Eu costumo sorrir, costumo fazer os outros rirem, costumo manter o auto-estima externo sempre no topo, costumo ser aquele com um sorriso colado ao rosto, não costumo ser o mesmo que sou quando realmente sou aquele que realmente sou, nem meus mais próximos amigos sabem de tais sentimentos, não saberia expressar tais. Já se passaram quatro meses, não está tão longe, mas eu sei, eu sei que isso nunca acabará, eu sei que posso não acabar bem em essa estrada, mas na mesma estrada se encontra a luz que sempre procurei, necessito da oportunidade, tem sido uma longa jornada, mas eu sei que ela nunca acabará. Então repasso novamente tudo pela minha cabeça, suspiro, deixo as lágrimas no travesseiro traiçoeiro, me levanto, me banho, me visto, me preparo, mais um dia, apenas outro dia.